Sobe aqui, tem que dar uma embaladinha, senão não sobe, vai estragar todos os teus pneus, vem embora, vem embora gritava e gesticulava enquanto Edson Spolaor, 42, tentava avançar pela estrada, no trecho de Santa Maria. Spolaor levou cerca de três minutos entre avanços, recuos e patinadas.
É brabo, né? desabafou Spolaor, depois do sufoco. Ele precisa passar diariamente pela estrada que liga Santa Maria a Itaara.
Depois de ajudar o condutor, orientando-o e retirando pedras soltas do caminho, Dutra, que passa todos os dias por ali, entregou que tem experiência nisso:
Quantas vezes socorri gente aqui falou.
Momentos antes, o representante comercial Ederson Amaro, 45, também penou para seguir viagem pelo trecho, em direção a Itaara. O carro chegou a patinar e a apagar.
Passei na sexta-feira aqui, não estava tão ruim assim. Acho que algum carro deixou assim observou Amaro.
Um dos cartões-postais de Santa Maria e de Itaara, a estrada não tem problema apenas com calçamento solto ou irregular em alguns trechos. O ponto turístico apresenta calçadas tomadas por mato e lixo também na área pertencente a Santa Maria.
Quem circulou por ali a pé na tarde de segunda, teve de dividir o caminho com garrafas plásticas, copos e sacolas. Percebe-se que há quem procure o lugar para se livrar dos detritos domésticos. É possível ver atirados em meio à vegetação lateral à estrada lâmpadas fluorescentes, uma televisão quebrada, madeira e lastro de cama.
O "Diário" tentou contatar, na segunda-feira, o secretário de Infraestrutura, Obras e Serviços de Santa Maria, Tubias Calil. No entanto, até o final da tarde, ele não atendeu ao telefone. Em uma entrevista ao jornal em novembro de 2015, Tubias havia relatado que, com os temporais de outubro, foram abertas crateras e houve desmoronamento de terra às margens da estrada. "